Tony Rodrigues é mais um dos personagens envolvidos na Orquestra Humaniza pertencente ao grupo social que costumamos chamar “excluídos”. Aos 36 anos de idade, motorista de caminhão desempregado, Tony é de Catanduva-SP, e após uma série de insucessos econômicos começou a vislumbrar um futuro perverso à sua frente.
Ao perder o emprego de caminhoneiro, sentiu que a vida seria ainda menos gentil para ele, e sem apoio de ninguém preparava-se para morar na rua. Foi aí que a história mudou, e Tony resolveu seguir seu sonho.
Obteve informações junto a amigos sobre a formação do projeto Orquestra Inclusiva Humaniza, juntou tudo o que tinha em casa e nos bolsos, e partiu rumo a Limeira-SP. Tony toca violão, e já havia se apresentado em vários bares de Catanduva-SP, sem no entanto obter muito retorno econômico. Mas o sonho de viver da música era antigo, e essa era a oportunidade dele se realizar.
Hoje, ele é um dos integrantes do projeto, esmerando-se no desenvolvimento do aprendizado do violão. Cada vez mais sonha em profissionalizar-se como músico, deixando uma vida de necessidades e sub-empregos, que ao final havia lhe deixado às portas da mendicância. “Inserido no projeto, terei a oportunidade de uma nova vida, e um futuro melhor”, afirma.
Mostra estilo com seu violão em punho, e se aplica dia a dia nas aulas teóricas e práticas realizadas no Centro Comunitário do Parque Nossa Senhora das Dores. “É um projeto muito bacana”, resume, com seu jeito simples.